segunda-feira, 28 de abril de 2014

Influência dos Estados Unidos no golpe de 64.




Para entender o que fez os Estados Unidos a apoiar e financiar medidas que levaram ao golpe de Estado em 1964, é preciso analisar vários fatores.
O primeiro deles é o contexto mundial. O mundo estava em um período de constante tensão, a Guerra Fria, e dividido entre as duas grandes potências mundiais (URSS e EUA). A maior preocupação de ambas as partes era não perder áreas de influência, ou seja, territórios ao redor do globo e o Brasil seguia o modelo americano Capitalista.
Porém, em 1959 a Revolução Cubana foi vitoriosa, adotando assim o comunismo como regime e provocando grande impacto na América Latina. A partir de então o governo americano se preocupou seriamente em conter o avanço das tendências nacionalistas da economia a “infiltração comunista” no Cone Sul. Os Estados Unidos não poderiam deixar que a “onda comunista” tomasse conta também do Brasil, já que é o país de maior extensão territorial da América Latina, o que causaria um impacto ainda maior. 
Enquanto isso no Brasil, João Goulart assume a presidência do país, após a renúncia de Jânio Quadros. Durante seu governo, Jango propôs a realização das Reformas de Base, dando ênfase à Reforma Agrária, interferindo nos interesses dos grandes latifundiários da época (grupo que irá apoiar posteriormente o golpe militar). Recebeu críticas ao seu governo, pelos conservadores, por ter supostas características comunistas. Desde o momento de sua posse, representantes dos altos cargos militares se mobilizaram contra o governo e procuraram obter o apoio popular e a CIA (Agencia Central de Inteligência Americana) estava a par de toda a situação.
Ao colocar em prática algumas de suas medidas como presidente, João Goulart impulsionou também uma reforma eleitoral que daria o direito ao voto para os analfabetos. Aprovou a expropriação de várias empresas norte-americanas, entre as de maior destaque a Companhia de Energia Elétrica Rio-Grandense em Porto Alegre, filial da holding AMFORP, e a Companhia Telefônica Nacional, subsidiária do monopólio das telecomunicações ITT. Preocupada, a Casa Branca passou a manter contato direto com o embaixador americano no Brasil, Lincoln Gordon. “Já perdemos Cuba, não podemos perder também o Brasil” diziam os oficiais americanos.
Jango queria inserir o Brasil no cenário político mundial, intensificando as relações comerciais com todas as nações, incluindo as do bloco soviético, e aumentando o mercado externo para os produtos primários brasileiros. Em crescente contradição com a orientação americana da Aliança para o Progresso, desejava também ampliar a margem de autonomia tanto na formulação de planos de desenvolvimento como na aplicação de toda ajuda externa. 
O novo presidente do Brasil não era exatamente um revolucionário e como definia o embaixador do Brasil nos Estados Unidos, Roberto Campos: "Goulart, com seu background de latifundiário, estava longe de ser o protótipo de um esquerdista radical. Mas estava sendo empurrado para a radicalização na perigosa esperança de cavalgar o tigre sem ser comido por ele".
Preocupados em deter o “avanço comunista” no Brasil os Estados Unidos, através da CIA e da própria Embaixada, passaram a colaborar ativamente com grupos anti-Goulart como o IPES (Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais) e o IBAD (Instituto Brasileiro para a Ação Democrática), financiando seu equipamento e propaganda. Começaram a usar a arma financeira contra o governo brasileiro afim de condicionar e forçar a modificação das políticas de Goulart. Passaram a negociar as concessões de fundos diretamente com os governadores estaduais brasileiros de oposição ao governo.
O embaixador Gordon admitiria mais tarde que os Estados Unidos investiu aproximadamente cinco milhões de dólares (outras fontes calculam entre 12 e 20 milhões de dólares) na missão de mudar a vontade eleitoral de parte significativa da população brasileira nas eleições de 1962, apoiados pela CIA e canalizados através do First National Bank of New York e do Royal Bank of Canadá.
No final de 1963 o Departamento de Estado sistematizou sua intervenção na situação interna brasileira para provocar a derrubada de Goulart. Segundo o embaixador Gordon, a preocupação norte-americana era que o "autoritarismo esquerdista" de Goulart pudesse provocar "um golpe mais radical e provavelmente dirigido pelos comunistas contra Goulart”, podendo também causar um efeito cascata para toda América Latina.
Verdade ou não, esta perspectiva precipitou uma sucessão de ações da diplomacia e da inteligência norte-americanas com a intenção de acelerar e orientar um golpe militar. Pontos decisivos neste rumo foram a designação como agregado militar da Embaixada em Brasília do General Vernon Walters, velho amigo pessoal do Marechal Humberto Castelo Branco, e o envio do emissário da CIA, Dan Mitrione, que recebeu como encargo a organização do contrabando de armas destinadas à formação de grupos paramilitares golpistas.
Os Estados Unidos utilizaram também os Programas de Assistência Militar (MAP) como instrumento de penetração política e ideológica nos estamentos militares. O Jornal do Brasil publicou, em dezembro de 1976, um telegrama confidencial de 4 de março de 1964, enviado pelo embaixador Lincoln Gordon ao Subsecretário de Estado Thomas Mann, no qual se dizia: "Nosso MAP é um fator altamente influente na adoção pelos militares (brasileiros) de uma atitude pró-E.U.A e pró-Ocidente... Como consequência, o Programa de Assistência Militar se torna um veículo essencial no estabelecimento de uma estreita relação com os oficiais das Forças Armadas". O mesmo documento qualifica os militares brasileiros como "um fator essencial na estratégia de conter os excessos esquerdistas do governo de Goulart..." e agrega sugestivamente: "As Forças Armadas não só têm capacidade para suprimir possíveis desordens internas, mas também para servir como moderadores nos assuntos políticos brasileiros...".
O golpe estava arquitetado e pronto para ser posto em prática. No dia 28 de março de 1964 se reuniram em Juiz de Fora, Minas Gerais, os generais Olímpio Mourão Filho e Odílio Denys juntamente com o governador do estado, Magalhães Pinto, visando estabelecer uma data para o início da mobilização militar para tomada do poder, a qual ficou decidida como 4 de abril de 1964. Mas Olímpio Mourão Filho não esperaria até abril para iniciar o golpe e no dia 31 de março tomou uma atitude impulsiva partindo com suas tropas de Juiz de Fora para o Rio de Janeiro por volta das três horas da manhã. O governo norte-americano acompanhou o movimento militar com a montagem da chamada "Operação Brother Sam", que incluiu a mobilização de uma força naval da sede do Comando Sul Norte-Americano no Panamá, para um apoio armado potencial. Uma comunicação ultrassecreta enviada pela embaixada norte-americana no Rio de Janeiro para o Estado Maior Conjunto nos primeiros dias de abril — poucas horas depois de realizado o golpe — aludia a um fardo de 110 toneladas de armas e munição, que permanecia pendente de uma determinação do Embaixador Gordon sob a necessidade de um eventual apoio norte-americano em favor das forças militares brasileiras. Segundo o mesmo documento, uma força de tarefas de transporte continuava sua marcha para o Atlântico Sul até onde houvesse certeza definitiva de que não seria necessário "uma demonstração de poderio naval". O próprio Embaixador Gordon reconheceu — muito mais tarde — a paternidade da ideia da "Operação". Mas não havia resistência organizada e a "Operação Brother Sam" foi suspendida. 
Consumado o golpe de estado, a cidade americana de Washington reconheceu o novo governo provisório do Marechal Castelo Branco em menos de 24 horas. João Goulart, ao se deparar com as tropas, também evitou uma guerra civil abandonando a presidência e se refugiando no Uruguai.

Fontes: 
O Dia Que Durou 21 Anos
           Artigo: Os Estados Unidos diante do Brasil e da Argentina: os golpes militares da década de 1960.  

Grupo: Gabriel Pestana, Helena Bernardes, Isabela Messias, Jéssika Fortes, Marcella Tavares e Victoria Naef.

domingo, 27 de abril de 2014

Papel dos Estados Unidos no Golpe de 1964

Os Estados Unidos estava sempre buscando apoiar as forças de direita no cenário político brasileiro, pois, naquela época, auge da Guerra Fria, toda forma de contenção ao comunismo era considerada válida e não queria outro país da America Latina socialista – no inicio dos anos 60, Cuba se converteu em socialista.
  Assim, vendo a administração Goulart como excessivamente esquerdista, a CIA e a marinha norte-americana elaboram um plano de apoio aos que se dispusessem para realizar o golpe contra o presidente.
Agosto de 1961. João Goulart encontrava-se na China, na primeira missão diplomática oficial de um representante brasileiro a este país.
A Operação Brother Sam, deflagrada em 31 de março de 1964, nada teve a ver com o golpe contra o governo Jango. Afinal, as tropas norte-americanas não chegariam ao litoral brasileiro a tempo. Serviriam, contudo, para intimidar qualquer forma de resistência e, caso ela de fato ocorresse, aí, sim, apoiar materialmente os militares insurgentes.
Eles planejavam enviar 100 toneladas de armas leves e munições, navios petroleiros, uma esquadrilha de aviões de caça, um navio de transporte de helicópteros com 50 unidades a bordo, tripulação e armamento completo, um porta-aviões, seis destróieres, encouraçado, navio de transporte de tropas além de 25 aviões para transporte de material bélico a fim de apoiar os militares.


Nem tudo, porém, chegou a ser enviado para o Brasil; e o que foi, nem mesmo foi utilizado. Afinal, não houve qualquer resistência do governo deposto e o golpe superou em muito as expectativas militares.


Sete Tons de Rosa: Alana Rhenns, Bárbara Gonzalez,  Fernanda Sanz, Gabriela Zapparoli, Katharine Prytulak, Luiza Secco, Thaís Barros.           

Presidentes do Brasil na ditadura militar


No dia 31 de março de 1964 os militares criaram uma junta militar que teve o controle até o dia 15 de abril, quando Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco assumiu a presidência após à eleição no congresso realizada quatro dias antes. A ditadura brasileira foi diferente das ditaduras tradicionais, pois foram vários presidentes como mandato por tempo indeterminado, ao todo foram cinco presidentes militares eleitos indiretamente entre 1964 e 1985, foram eles: Humberto de Alencar Castello Branco (1964 - 1967), Arthur da Costa e Silva (1967 - 1969), Emílio Garrastazu Médici (1969-1974), Ernesto Geisel (1974 - 1979) e João Baptista de Oliveira Figueiredo (1979 - 1985).


Humberto de Alencar Castello Brancofoi general militar,governou em 1964 até 1967,escolhido pelo Congresso Nacional presidente da República em 15 de abril de 1964. No seu discurso, anunciouque iria defender a democracia, masquando começou a governar teve uma posição autoritária.
Muitos cidadãos tiveram seus direitos políticos e constitucionais anulados e os sindicatos adquiriram intervenção do governo militar.
No seu governo existiam dois partidos, o Movimento Democrático Brasileiro (MDB) e a Aliança Renovadora Nacional (ARENA). Sendo o primeiro de oposição e o segundo era representada pelos militares.

Artur da Costa e Silva foi presidente em 1967 até 1969, foi escolhido indiretamente pelo Congresso Nacional. Seu governo é caracterizado pelos protestos e manifestações sociais. A oposição ao regime militar aumenta no país.
Em Minas Gerais e São Paulo ocorreram greves dos operários que interromperam fabricas em protesto ao regime militar. A guerrilha urbana começa a se organizar, eram jovens idealistas de esquerda e para poder manter o movimento de oposição armada assaltaram bancos e sequestraram embaixadores.
O governo militar mais duro, pois em 13 de dezembro de 1968 foi decretado o Ato Institucional Al-5, aumentou a repressão militar e policial, aboliram as garantias do habeas-corpus, aposentou juízes e cassou mandatos.

Costa e Silva estava doente então foi trocado pela junta militar que governou do dia 31 do 08 de 1979 até o dia 30 do 10 de 1969, que era formada pelos ministros Aurélio de Lira Tavares (Exército), Augusto Rademaker (Marinha) e Márcio de Sousa e Melo (Aeronáutica). 
Grupos de esquerda, o MR-8 e a ALN sequestraram o embaixador r dos Estados Unidos Elbrick. Guerrilheiros exigiram e conseguiram que libertassem 15 presos políticos. No dia 18 de setembro o governo cria a Lei de Segurança Nacional, que era o exílio e a pena de morte em casos de “guerra psicológica adversa, ou revolucionária, ou subversiva”.
Carlos Mariguella, líder da ALN foi morto pelas forças de repressão no final de 1969.


Emílio Garrastazu Médicifoi escolhido pela Junta militar, governou em 1969 até 1974, considerado o governo mais repressivo do período, conhecido como “anos de chumbo”. Uma rígida politica de censura começa e a repressão á luta armada cresce. Qual quer tipo de expressão artística, como nas músicas, jornais, peças de teatro eram censurados. Professores, músicos, políticos, artísticas e escritores eram investigados, presos, torturados ou exilados.
O DOI-Codi (Destacamento de Operações e Informações e ao Centro de Operações de Defesa Interna ) atua como centro de investigação e repressão do governo militar.
Ganhou força no campo a guerrilha rural, principalmente no Araguaia. A guerrilha do Araguaia é fortemente reprimida pelas forças militares.

Ernesto Geisel assumiu a presidência em 1974 que começou um processo lento de mudança rumo à democracia.
O governo coincide com o fim do milagre econômico e insatisfação popular em altas taxas.
A crise do petróleo e a recessão mundial interferiu na economia brasileira, no momento em que os créditos e empréstimos internacionais diminuíram.

Geisel anuncia a abertura política gradual e segura. A oposição política começa a ganhar espaço. Nas eleições de 1974, o MDB conquista 59% dos votos para o Senado, 48% da Câmara dos Deputados e ganha a prefeitura da maioria das grandes cidades.
Militares que não concordavam com o governo de Geisel, promoveram ataques clandestinos aos membros da esquerda.
O Al-5 acaba em 1978 por Geisel, surgindo o habeas-corpus e começa a surgir o caminho para volta da democracia no Brasil.


João Baptista Figueiredovenceu a eleição de 1978 apressando o processo de redemocratização e determinou a Lei da Anistia, concedendo o direito de retorno ao Brasil para os políticos, artistas e brasileiros exilados e condenados por crimes políticos.
Militares de linha dura permaneceram a repressão clandestina. No dia 30 de abril de 1981, uma bomba explodiu durante um show no centro de convenções do Rio Centro.
O governo aprovou a lei em 1979 que estabelece o pluripartidarismo no país. Com isso os partidos voltam a funcionar dentro da normalidade. A ARENA muda o nome e passa a ser PDS, enquanto o MDB passa a ser PMDB.
Outros partidos são criados, como: Partido dos Trabalhadores (PT) e o Partido Democrático Trabalhista (PDT).

         Castelo Branco
Mandato: 15/04/1964 a 15/03/1967
Governo (realizações, acontecimentos, atos):
- cassações políticas
- fim da eleição direta para presidente, criação do bipartidarismo
- limitação de direitos constitucionais
- suspensão da imunidade parlamentar
         Arthur da Costa e Silva
Mandato: 15/3/1967 a 31/8/1969
Governo (realizações, acontecimentos, atos):
- Ato Institucional nº 5 (AI-5)
- política econômica voltada para o combate da inflação e expansão do comércio exterior.
- investimentos nos setores de transporte e comunicações
- reforma administrativa

         Junta Governativa provisória
Mandato: 31/08/1969 a 30 de outubro de 1969
Formada por:
- Aurélio de Lira Tavares, ministro do Exército;
- Augusto Rademaker, ministro da Marinha, e
- Márcio Melo, ministro da Aeronáutica.
         Emílio Garrastazu Médici
Mandato: 30/10/1969 a 15/3/1974
Governo (realizações, acontecimentos, atos):
- repressão política; "Anos de Chumbo" - exílios, tortura, prisões, desaparecimento de pessoas, combate aos movimentos sociais e censura.
- "Milagre Econômico" - forte crescimento do PIB
- propaganda patriótica
         Ernesto Geisel
Mandato: 15/03/1974 a 15/03/1979
Governo (realizações, acontecimentos, atos):
- propôs a abertura política desde que fosse "lenta, gradual e segura"
- aumentou o mandato de presidente de 5 para 6 anos
- criação do senador biônico
- alta da inflação e dívida externa
- restauração do habeas corpus e fim do AI-5
         João Baptista Figueiredo
Mandato: 15/03/1979 a 15/03/1985
Governo (realizações, acontecimentos, atos):
- início da transição para o sistema democrático
- restabelecimento do pluripartidarismo
- crise econômica, greves, protestos sociais
- restabelecimento das eleições diretas para governadores dos estados


Fontes:


Grupo: Bruna Carmona, Fernanda Azanha, Júlia Ramos, Larissa Miki, Mariana Holz, Mariane Sant'Ana e Paula Berlim.

sábado, 26 de abril de 2014

21 anos de ditadura militar


Este é o primeiro post de seis postagens que faremos ao longo desse bimestre para história. Nele consta uma introdução ao que será postado futuramente, com os fatos mais importantes ocorridos durante o período da ditadura militar brasileira.
O regime militar começou no dia 31 de março de 1964, depois de um golpe executado pelas Forças Armadas contra o presidente João Goulart, e durou até o dia 15 de janeiro de 1985.
O período foi marcado pela intensa repressão e perseguição aos grupos políticos de esquerda, considerados subversivos, terroristas e uma ameaça ao sistema vigente. Houve resistência armada contra os militares alem de sequestro de embaixadores como forma de pressão aos militares.
As forças policiais utilizavam todos os tipos de violência, como as torturas (físicas e psicológicas) para controlar esses grupos.
A ditadura militar restringiu o direito de voto, a participação popular, reprimiu veemente os movimentos oposicionistas, estabeleceu a censura, entre outras barbaridades, instaurou um estado de insegurança a todos que se opunham ao regime e seus próximos, sendo os estudantes e intelectuais, os principais alvos.
Nos últimos anos do governo, o Brasil apresentava problemas com a alta inflação, a recessão e a oposição ganhava cada vez mais espaço, com o surgimento de novos partidos e o fortalecimento dos sindicatos.
Em 1984, políticos da oposição, artistas, jogadores de futebol e milhões de brasileiros participaram do movimento das Diretas Já, favorável a Emenda Dante de Oliveira (que garantia eleições diretas para presidente naquele ano), porém a Emenda não foi aprovada pela Câmara dos Deputados.
No dia 15 de janeiro de 1985, o Colégio Eleitoral escolhe o deputado Tancredo Neves, que concorreu com Paulo Maluf, como novo presidente da República. Ele fazia parte da Aliança Democrática – o grupo de oposição formado pelo PMDB e pela Frente Liberal.
Esse foi o fim do regime militar, porém Tancredo Neves adoece antes de assumir o cargo e acaba falecendo, em seu lugar, assume o vice-presidente José Sarney.
Em 1988 é aprovada uma nova constituição para o Brasil. A Constituição de 1988 apagou os rastros da ditadura militar e estabeleceu princípios democráticos no país.
Fontes:
<http://www.suapesquisa.com/ditadura/>
<http://www.mundoeducacao.com/historiadobrasil/governos-militares.htm>
<http://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia-brasil/ditadura-militar-1964-1985-breve-historia-do-regime-militar.htm#fotoNav=3>
<http://www.historiadobrasil.net/ditadura/>
<http://noticias.r7.com/brasil/noticias/saiba-o-que-foi-e-quanto-durou-a-ditadura-militar-no-brasil-20090927.html#>

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Como o Golpe Militar Aconteceu

        O Golpe Militar de 1964 ocorreu por conta de acontecimentos sociais e políticos anteriores.
Na era de Dom Pedro II, os militares estavam insatisfeitos com as condições de que Forças Armadas Brasileira era administradas. Com o fim da Guerra do Paraguai, em 1870, os militares integraram em um grupo republicado e foram responsáveis pela queda do antigo regime monárquico, após perceberem que na America Latina eram os únicos grupos de militarem sem prestigio social e político. Os dois primeiros presidentes republicanos foram militares.
      Em 1920, ocorreu uma nova contestação politica militar, o Tenentismo. Esse movimento serviu para colocar os militares novamente na cena politica do país e foi um dos fatores republicanos que promoveu a capacidade dos militares impulsionar o golpe posteriormente. Em 1955, o governo de Juscelino Kubitschek foi atacado várias vezes com a tentativa de golpe; mas foi no governo de João Goulart, em 1964, que realmente ocorreu.
       Em 1954, com o fim do governo de Getúlio Vargas, a politica brasileira estava muito instável e a crise fragmentava os destinos da nação. Os militares defendiam a entrada de dinheiro estrangeiro em território nacional; eles arquitetaram um golpe, mas não foi bem sucedido, e assumiu o presidente J.K. O governo de Juscelino foi bem aceito pela população e teve forças para chegar ao fim do mandato.
       Com o fim do governo de Kubitschek, Jânio Quadros assumiu a presidência com grande maioria dos votos. Em 1961, renunciou a presidência, esperando que sua renuncia não fosse aceita pela população, entretanto, assumindo o seu vice João Goulart.
       João Goulart, conhecido popularmente como Jango, tinha fortes identificações com Getúlio Vargas, o que causava desagrado na política de direita. Ele era considerado um político de esquerda, e quando Jânio renunciou,  João Goulart estava na China comunista. Os políticos de direita fizeram de tudo para impedir que João assumisse, mas Leonel Brizola deu o sustento necessário para a volta do vice para o Brasil e assumisse o cargo.
        O governo de Jango apresentava Reformas de Base, e a reforma mais impactante apresentada foi a Reforma Agrária. A solução apresentada para que o governo de Jango não se instalasse foi a introdução de parlamentarismo no Brasil, assim as decisões seriam tomadas pelo Primeiro Ministro. Os três primeiros ministros foram Tancredo Neves, Francisco de Paula Brochado da Rocha e Hermes Lima.
       Em 1962, foi efetuado um plebiscito onde a população escolheria entre presidencialismo e parlamentarismo. Com a vitória do presidencialismo, João tentou governar do jeito que havia proposto, mas houve um desarranjo na situação brasileira: aumento da inflação, medidas econômicas causaram dessagrados políticos.
        O presidente Jango e seus aliados criaram políticas que desagradaram os conservadores de direita. Leonel Brizola criou o “grupo dos onze”, o qual fiscalizava os parlamentares e militares, além de pressionar o Congresso para a instalação das Reformas de Base.
        As contestações só cresciam, e a imprensa iniciava uma campanha contra a ideologia radical de Jango, alegando que tais decisões levariam a um regime comunista.

        Em 13 de março de 1964, João Goulart e Leonel Brizola fizeram um discurso na Central do Brasil no Rio de Janeiro.  Nesse discurso, eles anunciavam as reformas de base, um novo plebiscito para aprovar uma nova constituição e a nacionalização das refinarias estrangerias de petróleo. Os militares sabiam sobre o apoio popular sobre o projeto, então se aliaram aos políticos a UDN (união democrática nacional) e ao governo norte-americano para deflagrar o golpe. A igreja católica iniciou o apoio contra o governo com a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, como uma tentativa de legitimar o golpe militar. Os militares permaneceram no poder durante 1964 até 1985.


Sete Tons de Rosa: Alana Rhenns, Bárbara Gonzalez,  Fernanda Sanz, Gabriela Zapparoli, Katharine Prytulak, Luiza Secco, Thaís Barros

terça-feira, 8 de abril de 2014

A física das Tempestades e dos Raios


Lucas Marti n°:22
Thiago Ovalle n°:36
João Vítor Martins n°:15
Pedro Baldez n°:31
Yuri Souza n°: 39
Raphael Gambini n°:

Rosa Parks

A origem de uma nuvem está no calor que é irradiado pelo Sol atingindo a superfície de nosso planeta .Este calor evapora a água que sobe por ser menos denso que o ar ao nível do mar. Mas somente as nuvens de tempestadecumolonimbus , possuem as características necessárias para produzirem relâmpagos : ventos intensos , grande extensão vertical e partículas de gelo e água em diversos tamanhos.
Ainda não há uma teoria definitiva que explique a eletrificação de uma nuvem  ,porém há um consenso entre os pesquisadores de que a eletrificação surge da colisão entre partículas de gelo , água e granizo no interior da nuvem. Uma das teorias mais aceitas nos diz que o granizo(sendo o mais pesado) , ao colidir com cristais de gelo(mais leves) , fica carregado negativamente ,enquanto os cristais de gelo ficam carregados positivamente . Isso explicaria o fato de a maioria das nuvens de tempestade ter um centro de cargas negativas na parte inferior e um centro de cargas positivas na parte superior.
Quando a concentração de cargas no centro positivo e negativo da nuvem cresce muito , o ar que os circunda já não consegue isolá-los eletricamente . Acontecem então descargas elétricas entre regiões de concentração de cargas opostas que aniquilam ou pelo menos diminuem essas concentrações . A maioria das descargas (cerca de 80%) ocorre dentro das nuvens , mas como as cargas elétricas na nuvem induzem cargas opostas no solo, as descargas elétricas podem também se dirigir a ele.

Referências :
 http://www.sbfisica.org.br/fne/Vol2/Num1/raios.pdf
www.lightining.dge.inpe.br